12 março 2011

Terminal da saudade

Sentado no meu canto solitário, assisto a paisagem da estação. A chuva que derruba o mundo lá fora, segue com a mesma força que as saudades inundam a rodoviária. Vejo um pai de família se despedir de seus três filhos e esposa. As lágrimas escorrem-lhes os olhos e dói em todos que vêem aquela cena.
Do outro lado, silenciosamente, a avó chora, enquanto seu neto sobe a plataforma. Um choro contido, envergonhado, um choro que busca consolo, um choro que tanto conheço. Então, levanto-me de meu assento, a minha frente uma senhora chora, assim como a mulher que assistia seu neto partir. Abraço-lhe. Tudo que resta são gestos, já que as palavras não saem mais e, como uma lágrima que foge dos olhos, vou embora dali em direção ao meu destino, deixando para trás, aquele terminal de saudades.

Escrito por: Felipe T. de Avelar(12/03/11)

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