11 fevereiro 2008

Lembranças De Um Anti-Herói Anônimo

Era uma noite muito fria. Enquanto ele ofegava o ar quente, que se transformava em neblina no escuro, lembrava quanto tempo não dormia direito. Completara um ano exatamente naquele dia que o medo assolava suas noites. Um ano naquele inferno, boa parte desse tempo um inferno gelado, devido aos dois invernos intensos que resolveram brilhar no meio daquela situação caótica.
Recordava-se das 47 mortes que seu dedo proporcionara. Era tão simples a vida humana aos seus olhos agora. O cheiro de sangue já não era percebido por suas narinas. Seguia em frente sem hesitar, tudo que o levava para frente estava longe. A mulher e a filha estavam a quilômetros, provavelmente protegidas pelo Führer. Estava errado. A mulher e a filha estavam mortas. Assim como ele levara muitos inimigos, os inimigos arrastaram seus bens mais preciosos.
Mas ele seguia em frente, com a submetralhadora erguida, buscando apenas mais um que pudesse ser executado em prol da linda causa inútil que defendiam os arianos. De repente ouviu passos e escutou um grito rouco, “Shoot him! Shoot”. Pensou em abaixar-se. Era tarde demais. Um brilho. Um grito. Vários tiros. E lá estava ele, olhando para o céu, tudo que lhe restava agora era o brilho falho das estrelas, naquele céu limpo e escuro.

Escrito por Felipe T. de Avelar (11/02/2008)

1 Comentários:

Blogger Ilya disse...

nao me chame de perva.. seu nazista '-'

:D
queria ter inspiraçao pra isso.. vou soh colocar fatos mesmo.. é melhor
amwoamwoiawo x@

te AMO >]

10:30 PM  

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