10 maio 2011

Epifania da Madrugada

Às vezes eu me pergunto: “Por que escrever textos que, possivelmente, nunca serão inspiração para alguém? Ou mesmo serão lidos?”. Parece egoísmo com eles, mas, então, eu lembro que é necessário expressar tudo que se sente e, mesmo quando eu tenho tudo apagado dentro de mim, quando o mundo some sob meus pés, tudo que me resta são as palavras.

Palavras que me fazem lembrar o que fui, palavras que me fazem lembrar o que sou. Uma força tão grande, incontrolável, que me leva em frente. Amigas nas horas vagas, elas me preenchem com todas as emoções, tudo que eu necessito pra ir em frente.

E, num mundo vazio, onde tudo que sobre são as falsas sensações, tudo que eu quero são mais 500 dias com elas. Passando por cada fase, desde a felicidade suprema, até a depressão infernal. Tudo que eu e meu âmago lutamos para encontrar um caminho, uma luz, esse desafio que nos faz refletir sobre a real razão de estarmos aqui, se realmente vale a pena aquele sofrimento destrutivo.

E, quando tudo passa, o que vem é a paz e saudade. Nem tudo foi feito pra ser, muito menos pra não ser, tudo é uma questão de tentar, de arriscar e, ao errar, vemos se poderíamos ter feito melhor e o fazemos, num futuro próximo. Falar de amor, um de meus temas prediletos, é complicado, quando ele mais parece me destruir aos poucos, pelo menos é o que tento transparecer em meus textos, porém, no fundo, meu sentimento em relação a ele é bem diferente.

Claro que o fim dói, não queremos nunca o fim, não queremos magoar, muito menos sermos magoados, mas isso faz parte do caminho e de uma trajetória linda. Tantos são os filmes que falam de decepções amorosas, mostram a trajetória e emocionam com extrema maestria que as lágrimas de nossos olhos inchados não nos deixam mentir. Por isso é importante lembrar daquilo que foi bonito. Apesar de, inicialmente, nos fazer sofrer, esse sentimento há de se perpetuar (não o sentimento de dor, mas o de saudosismo) e, quando bem trabalhado, nos levará a outro estado de maturidade.

E isso é o necessário pra seguir em frente, pra amar novamente, pra crescer de novo. Não se deixe abater pelas lembranças, fortaleça-se com elas. Renove-se. Evolua. Siga o seu caminho e, quando acontecer, deixe seu caminho ser cruzado por outro, seja ele um caminho do passado ou do futuro. Apenas se divirta nessa trajetória tão excitante da vida e do amor.

Texto escrito por: Felipe T. de Avelar(10/05/2011)