15 fevereiro 2008

Little Star

Little little star,
That shines in the dark sky,
Hides behind the clouds
And see when somebody cry.

Little little star,
With your brightness
Changes eyes full of tears
Into smiling mouths.

Little little star,
That sees my solitary heart.
Can you bring back my love?
Then my heart could stop crying.

Written by Felipe T. de Avelar (15/02/2008)

11 fevereiro 2008

Lembranças De Um Anti-Herói Anônimo

Era uma noite muito fria. Enquanto ele ofegava o ar quente, que se transformava em neblina no escuro, lembrava quanto tempo não dormia direito. Completara um ano exatamente naquele dia que o medo assolava suas noites. Um ano naquele inferno, boa parte desse tempo um inferno gelado, devido aos dois invernos intensos que resolveram brilhar no meio daquela situação caótica.
Recordava-se das 47 mortes que seu dedo proporcionara. Era tão simples a vida humana aos seus olhos agora. O cheiro de sangue já não era percebido por suas narinas. Seguia em frente sem hesitar, tudo que o levava para frente estava longe. A mulher e a filha estavam a quilômetros, provavelmente protegidas pelo Führer. Estava errado. A mulher e a filha estavam mortas. Assim como ele levara muitos inimigos, os inimigos arrastaram seus bens mais preciosos.
Mas ele seguia em frente, com a submetralhadora erguida, buscando apenas mais um que pudesse ser executado em prol da linda causa inútil que defendiam os arianos. De repente ouviu passos e escutou um grito rouco, “Shoot him! Shoot”. Pensou em abaixar-se. Era tarde demais. Um brilho. Um grito. Vários tiros. E lá estava ele, olhando para o céu, tudo que lhe restava agora era o brilho falho das estrelas, naquele céu limpo e escuro.

Escrito por Felipe T. de Avelar (11/02/2008)

06 fevereiro 2008

Ressaca Sentimental

Ele abriu os olhos. Seu cérebro parecia pesar mil vezes mais que o normal. A noite passada parecia-lhe um sonho. Não era. Levantou-se com dificuldade, cambaleou até o armário e pegou um copo, enquanto recordava os fatos da "noitada" com os amigos. O barulho da água atingindo o vidro, fazia-lhe a cabeça latejar ainda mais e as lembranças que lhe pintavam na memória, não ajudavam em nada. Recordou-se da situação embaraçosa em frente os amigos. Enquanto olhava os olhos negros daquela menina, que deveria ser por volta de um palmo e meio menor que ele, dizendo-lhe tudo o que sentia, como foram ruins os meses sem ela ao lado dele, sem aquela criaturinha por perto. Uma declaração apaixonada. Os amigos riam descontroladamente, enquanto as palavras travessas escorregavam pela língua e pulavam diretamente nos ouvidos da garota. Ela já tinha a face completamente ruborizada. As palavras entravam pelo ouvido, mas não saiam, locomoviam-se para um canto mais acima ou mais abaixo, o garoto preferia que fosse mais abaixo, porém nunca conseguiu descobrir onde foram parar aquelas sinceras palavras que saiam de seu coração, subiam pelo esôfago, saltitavam da boca e alcançava os ouvidos da moça. Mesmo sem saber o destino das palavras, o rapaz percebeu que elas tiveram efeito, pois um beijo lhe foi roubado. Enquanto tomava um gole de água, lembrava daquela gostosa sensação. Então sua cabeça era apenas um show pirotécnico, cada explosão doía mais, essa era a sensação das lembranças do beijo e, ao cair no chão, decidiu que nunca mais beberia além da conta.

Escrito por Felipe T. de Avelar (06/02/2008)