03 novembro 2006

Da água pro vinho

Ele nasceu em uma epóca que foi marcada pela repressão política. Desde pequeno, seus pais colocaram-lhe na cabeça que a igualdade de todos só seria possível através do comunismo, e este, quando criança, maravilhou-se com essas idéias.
Foi crescendo e a ditadura militar se tornava cada vez mais cruel. Na adolescência participou das "Diretas Já". Junto com o fim do poder dos militares sobre o Brasil, o jovem rapaz passou para uma conceituada universidade de Economia. Estudou desde de políticas e idéias econômicas até a história econômica tanto brasileira como mundial. As idéias de Esquerda continuavam a guiá-lo, porém não tão intesamente como antes.
No governo que iniciou a década de 90, aumentou a sua convicção sobre seus ideais, entretanto os governos que sucederam o governo Collor, supreenderam-no; afinal, a tão odiada Direita, geradora de desigualdades, aumentara o poder de compra do brasileiro, ao baixar a inflação, alcançando assim, a estabilidade econômica e, consqüentemente, melhorando substancialmente a condição de vida daquele povo pobre. Mesmo assim, este governo fêz, pelo menos para ele, algumas atrocidades, tais como a privatização de algumas empresas estatais e o aumento da dívida externa e interna.
Sendo assim, suas idéias esquerdistas continuavam em sua cabeça, firme e forte. Em 2002, vestiu a camisa vermelha e colocou a estrela no peito. Quando seu candidato foi eleito, o país virou uma festa e muitos esperavam que todos os problemas fossem resolvidos pelo novo gorvenante da esquerda.
O garoto, que já não era mais tão jovem, decepcionou-se com a administração dos recursos públicos que se seguiu. Escândalos relacionados à corrupção pipocavam quase que diariamente na mídia, esse governo ainda diminui os gastos com infra-estrutura, além de, diversas vezes, ir de encontro ao seus ideais. O homem, resolveu reler "O Capital" de Marx e percebeu que, na verdade as idéias marxistas não se encaixavam na epóca que se encontrava e, aos poucos, foi percebendo que a Direita não era o monstro que haviam lhe figurado. Todavia, no primeiro turno da eleição seguinte, anulou seu voto, o que se modificou no turno a seguir, ao ver o candidato que havia votado quatro anos atrás, privatizar a Amazônia, um dos bens mais queridos dos brasileiros, fazendo o rapaz migrar seus ideais de vez para a Direita.
Hoje, é um dos maiores defensores das idéias direitistas, por defender que quem faz o maior esforço merece uma recompensa maior e por sempre ter procurado o desenvolvimento da nação, ao contrário do atual governo.
Felipe T. de Avelar (03/11/2006)

01 novembro 2006

Humor Negro

Aquele dia, mais um dia comum, saí para comprar um maço de cigarros no jornaleiro próximo a minha casa. No caminho, passava por uma pracinha pacata, onde havia apenas pessoas transitando, porém aquele dia era diferente, havia lá uma estranha movimentação, à qual resolvi dar atenção.
Chegando mais próximo, reparei os diversos sorrisos e risadas altas. Resolvi ver o que ocorria de tão especial aquele dia; ainda um pouco distante, reparei num homem baixinho, careca e com um braço atrofiado. Comecei a escutar o que ele falava, e percebi o motivo de tantos risos; era um humorista, dos bons, que achava graça nos defeitos das pessoas e, para não ser injusto, de tempo em tempo fazia uma piada do próprio corpo, tais como: “ Um dia você me encontra no final do arco-íris, pois eu sou o anão que guarda o pote de ouro.”
Entretido com o show, fiquei para ouvir as piadas dele e, depois de diversas risadas, o espetáculo terminou. Quando ia parabenizá-lo, deparei-me com uma cena não tão engraçada. O mesmo humorista que nos fizera rir, estava chorando na frente de três crianças, desculpando-se por não ser capaz de dar o pão daquele dia.
Comovido, apenas entreguei-lhe o dinheiro que usaria para os cigarros, voltando a minha casa pensando que nem sempre quem faz a gente rir, está rindo.
Felipe T. de Avelar (31/08/2006)

Começando



Bem, estou começando um blog, o qual será composto APENAS por textos de crônicas, os quais tentam mostrar de forma humorística ou não o que vem ocorrendo no nosso dia-a-dia.

Sou brasileiro, meu nome é Felipe, tenho 17 anos, direitista convicto, e não vou discutir ideais político com ninguém aqui.

As crônicas que irei postar, em sua maioria, serão de minha autoria, e poderão ou não se basear em situações vividas por mim. Então assim termino minha apresentação.